Mercearias
Em 1945 não havia supermercados. Muitos produtos eram vendidos porta a porta e outros nas mercearias. Os produtos estavam dispostos em sacas ou em entulhas e tudo era vendido a avulso (retalho) e em pequenas medidas porque o dinheiro era pouco.
A maioria das pessoas comprava a título de exemplo:
1 ou 2 ovos;
1 Posta de bacalhau demolhada (5 a 7 tostões);
2 dl de azeite por 5 tostões (50 centavos no tempo do escudo).
5, 10 ou 15 tostões de açúcar, farinha, café ou bolachas que eram embrulhados em pacotinhos/cartuxos de papel.
Só quem sabia ler é que pedia em gramas.
Os produtos com gordura (como a manteiga, banha e atum) eram embrulhados em papel vegetal. Muitos pediam ao merceeiro que lhes guardasse as latas de 5kg do Atum quando estivessem vazias, para fazerem panelas com elas (abrindo um buraco nos lados e colocando um arame).
O feijão era vendido ao litro (medida que equivalia a cerca de 700 gr.).
Nesta altura já havia quem cozinhasse com fogareiro de petróleo, mas só quem tinha dinheiro, porque a maioria cozinhava com fogareiro de carvão.
Carvoarias
As Carvoarias estavam ligadas às tabernas. Vendiam carvão e bolas de restos de carvão amassados com greda (espécie da barro) que ajudavam a conservar o calor do fogareiro. Vendiam ainda a carqueja (arbusto que cresce nas matas e que é muito bom para atear o lume).
Drogarias
As Drogarias vendiam um pouco de tudo de produtos de limpeza como o sabão, a potassa que ajudava a desengordurar a loiça, produtos de higiene íntima como o permaganato (desinfectante íntimo da mulher) e o bicarbonato de sódio. Vendiam também o petróleo e o álcool natural para acender os fogareiros. No fundo aí vendia-se um pouco de tudo, excepto produtos alimentares.
Capelistas e Ateliês de costura
Linhas, agulhas, meias, dedais, pentes e travessas para o cabelo eram vendidos naquela época nas “Capelistas”, que hoje conhecemos como retrosarias.
Existiam as Lojas de Fazendas que vendiam peças de fazenda ao metro e as Alfaiatarias que faziam os fatos para homens, os Ateliers de Costura com as modistas onde eram feitas a roupa de mulher. Não existiam os prontos-a-vestir.
Sapatarias
Nas sapatarias eram vendidos os modelos de fábrica mas também modelos únicos elaborados pelos sapateiros. No entanto nem toda a gente podia comprar sapatos nas sapatarias. A maior parte das pessoas comprava os sapatos nas feiras (ex. feira da ladra).
Em 1945 não havia supermercados. Muitos produtos eram vendidos porta a porta e outros nas mercearias. Os produtos estavam dispostos em sacas ou em entulhas e tudo era vendido a avulso (retalho) e em pequenas medidas porque o dinheiro era pouco.
A maioria das pessoas comprava a título de exemplo:
1 ou 2 ovos;
1 Posta de bacalhau demolhada (5 a 7 tostões);
2 dl de azeite por 5 tostões (50 centavos no tempo do escudo).
5, 10 ou 15 tostões de açúcar, farinha, café ou bolachas que eram embrulhados em pacotinhos/cartuxos de papel.
Só quem sabia ler é que pedia em gramas.
Os produtos com gordura (como a manteiga, banha e atum) eram embrulhados em papel vegetal. Muitos pediam ao merceeiro que lhes guardasse as latas de 5kg do Atum quando estivessem vazias, para fazerem panelas com elas (abrindo um buraco nos lados e colocando um arame).
O feijão era vendido ao litro (medida que equivalia a cerca de 700 gr.).
Nesta altura já havia quem cozinhasse com fogareiro de petróleo, mas só quem tinha dinheiro, porque a maioria cozinhava com fogareiro de carvão.
Carvoarias
As Carvoarias estavam ligadas às tabernas. Vendiam carvão e bolas de restos de carvão amassados com greda (espécie da barro) que ajudavam a conservar o calor do fogareiro. Vendiam ainda a carqueja (arbusto que cresce nas matas e que é muito bom para atear o lume).
Drogarias
As Drogarias vendiam um pouco de tudo de produtos de limpeza como o sabão, a potassa que ajudava a desengordurar a loiça, produtos de higiene íntima como o permaganato (desinfectante íntimo da mulher) e o bicarbonato de sódio. Vendiam também o petróleo e o álcool natural para acender os fogareiros. No fundo aí vendia-se um pouco de tudo, excepto produtos alimentares.
Capelistas e Ateliês de costura
Linhas, agulhas, meias, dedais, pentes e travessas para o cabelo eram vendidos naquela época nas “Capelistas”, que hoje conhecemos como retrosarias.
Existiam as Lojas de Fazendas que vendiam peças de fazenda ao metro e as Alfaiatarias que faziam os fatos para homens, os Ateliers de Costura com as modistas onde eram feitas a roupa de mulher. Não existiam os prontos-a-vestir.
Sapatarias
Nas sapatarias eram vendidos os modelos de fábrica mas também modelos únicos elaborados pelos sapateiros. No entanto nem toda a gente podia comprar sapatos nas sapatarias. A maior parte das pessoas comprava os sapatos nas feiras (ex. feira da ladra).
Lembro-me muito bem desses tempos!Depois assentava-se a compra num livro e pagava-se no fim do mês. Toda a gente fazia assim. Era o “cartão de crédito” da altura baseado na confiança.
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