Certo dia, no ano de 1965, andava um navio de recrutas da Marinha de Guerra pelo alto mar.
Como costume na altura da recruta (sortes), os aspirantes a marinheiros identificavam-se entre eles pelo nome das suas aldeias, vilas ou cidades.
Vira-se o lisboeta para um alentejano:
- Ó Brinches, lá no Alentejo não tens mar?
- Não Alfacinha, não tenho mar, mas tenho rio, e sei nadar muito bem!
- Eu gostava de ver isso Brinches?
-Não é tarde nem é cedo, Alfacinha.
Outro recruta que estava com eles, também alentejano, vira-se para o Brinches e diz:
- Olha, tu vê lá, sabes que a gente está proibida de saltar borda fora do navio.
-Não te preocupes, Baleizão. Eu vou mostrar ao Alfacinha que nós, alentejanos sabemos nadar, e muito bem.
- Mas sabes que se infrigires as regras, vais uns dias para a prisão de castigo.
O Brinches não quis saber! Começou a despir-se para saltar borda fora enquanto diz para o Alfacinha:
- Alfacinha, agora vais ver se eu sei nadar ou não. E ainda te digo outra coisa: a água do rio é mais pesada e com mais corrente do que a do mar. Onde é que pensas que aprendi a nadar!?
O Brinches lá saltou borda fora e nadou, nadou, nadou.
O lisboeta ficou de boca aberta, assim como toda a tripulação do navio, por o Brinches saber nadar tão bem e ter tanta resistência física.
Clara que no fim o Brinches teve que passar uns dias na prisão como castigo. Mas mostrou ao alfacinha que não era por ser alentejano e não ter mar que não sabia nadar.
Como costume na altura da recruta (sortes), os aspirantes a marinheiros identificavam-se entre eles pelo nome das suas aldeias, vilas ou cidades.
Vira-se o lisboeta para um alentejano:
- Ó Brinches, lá no Alentejo não tens mar?
- Não Alfacinha, não tenho mar, mas tenho rio, e sei nadar muito bem!
- Eu gostava de ver isso Brinches?
-Não é tarde nem é cedo, Alfacinha.
Outro recruta que estava com eles, também alentejano, vira-se para o Brinches e diz:
- Olha, tu vê lá, sabes que a gente está proibida de saltar borda fora do navio.
-Não te preocupes, Baleizão. Eu vou mostrar ao Alfacinha que nós, alentejanos sabemos nadar, e muito bem.
- Mas sabes que se infrigires as regras, vais uns dias para a prisão de castigo.
O Brinches não quis saber! Começou a despir-se para saltar borda fora enquanto diz para o Alfacinha:
- Alfacinha, agora vais ver se eu sei nadar ou não. E ainda te digo outra coisa: a água do rio é mais pesada e com mais corrente do que a do mar. Onde é que pensas que aprendi a nadar!?
O Brinches lá saltou borda fora e nadou, nadou, nadou.
O lisboeta ficou de boca aberta, assim como toda a tripulação do navio, por o Brinches saber nadar tão bem e ter tanta resistência física.
Clara que no fim o Brinches teve que passar uns dias na prisão como castigo. Mas mostrou ao alfacinha que não era por ser alentejano e não ter mar que não sabia nadar.
[história baseada em factos verídicos lembrada pela Zulmira a propósito do provérbio popular de tradição portuguesa]
Adorei a história da formanda Zulmira, porque será?
ResponderEliminarTalvez porque o aspirante "Brinches" é o meu querido avô :)
Beijos para a minha tia Zulmira
Esta história mostra-nos que cada pessoa possui experiências, habilidades e sabedoria.
ResponderEliminarA vida ensina-nos a valorizar esses saberes quando o momento os exige!
Todo o ser humano, jovem ou idoso, é um ser valioso. Ninguém sabe o suficiente ao ponto de dispensar o outro.
Os saberes são diferentes e a vida por vezes ensina-nos a valorizar o saber prático e a riqueza que nos falta